EntreLinhas - Festa do Ferroviário regressou a Ermesinde

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  • Entrelinhas - Festa do Ferroviário - Estação de Ermesinde
  • Painel "A Abertura da Linha de Leixões"
  • Stand IP
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A Infraestruturas de Portugal associou-se à 2ª edição da  iniciativa cultural do "EntreLinhas - Festa do Ferroviário", lançada pela Câmara Municipal de Valongo.

Depois do sucesso da primeira edição, a cidade de Ermesinde voltou a receber no último fim-de-semana de agosto a EntreLinhas – Festa do Ferroviário, uma iniciativa cultural lançada pela Câmara Municipal de Valongo que visa, de acordo com a autarquia “perpetuar a ligação do território e da comunidade à história da ferrovia e dos ferroviários”. Desde 1875, com a inauguração da Estação Ferroviária, a cidade de Ermesinde passou a ser um ponto de passagem de milhares de passeiros e mercadorias, que todos os dias se deslocam nas linhas do Minho, do Douro e de Leixões. 
 
No primeiro dia do evento, no Fórum Cultural de Ermesinde decorreu a conferência "A Abertura da Linha de Leixões", onde Eduardo Pena, da Direção de Planeamento Estratégico da IP, marcou presença participou no 2º painel "A Operação na Linha de Leixões".
A Linha de Leixões tem um papel preponderante na rede ferroviária nacional,  assegurando  os tráfegos de mercadorias do Porto de Leixões para vários destinos, de onde se destacam ao nível nacional, os Portos de Lisboa e Sines,  terminais de mercadorias de Bobadela e Entroncamento e Siderurgia Nacional (Maia) e ao nível internacional para a Galiza.

Neste contexto estão em curso projetos de reforço de capacidade quer ao nível da estação de triagem do Porto de Leixões quer nas atuais estações de S. Mamede de Infesta e Contumil de modo a poderem circular comboios de mercadorias de 750m , seguindo a estratégia dos investimentos em curso no âmbito do plano de investimentos Ferrovia 2020, no corredor Norte-Sul e nos corredores transversais internacionais de ligação a Espanha.
 
Eduardo Pena referiu que: “este reforço de capacidade potenciará igualmente a linha para tráfego de passageiros,  sem prejuízo da implantação no curto prazo de modelos de oferta desenvolvidos em articulação com a CP, tendo em conta as estações atuais, ou com a introdução de novos apeadeiros que fomentem o aumento da procura desta linha.”

O painel 4, contou com a presença dos representantes da Takargo, Álvaro Fonseca, da Infraestruturas de Portugal, Eduardo Pena e da CP- Comboios de Portugal, Pedro Ribeiro, moderado pelo jornalista do Público, Carlos Cipriano.

Presença da IP no stand, no Largo da Estação da Gandra

Paulo Rocha, Gestor do CCO do Porto, da Direção de Circulação Ferroviária da IP, explica o funcionamento e operação dos Centros de Comando Operacionais ferroviários da IP.

Com o apoio da equipa do Comando e Controlo Norte (CCN) da Direção de Circulação Ferroviária, foi possível visualizar, em tempo real, o comando das linhas-férreas, sob a gestão do CCO do Porto, onde é coordenada de toda a atividade da rede ferroviária na região Norte do país, com cerca de 600 comboios diários, abrangendo as Linhas do Minho, de Leixões, de Guimarães, do Douro, do Vouga, do Norte (troço Campanha/Pampilhosa(exc.) e ainda Ramal de Braga, ao longo de 570 km de via férrea .
 
A IP dispõe atualmente de três centros de gestão operacional da circulação ferroviária (Lisboa, Porto, Setúbal ) onde é realizado o comando, o controlo e a supervisão de todas as funções e atividades ligadas aos processos operacionais da exploração ferroviária, nas áreas respetivas de abrangência. Desta forma, consegue-se a otimização da exploração da rede, aumentando a sua capacidade disponível e a melhoria da qualidade do serviço prestado, com mais elevados padrões de fiabilidade, disponibilidade e segurança.
 
Paulo Rocha da Direção de Circulação Ferroviária da IP, explicou aos participantes do evento que visitaram o stand da IP, que: “os Centros de Comando Operacional são centros multidisciplinares, tecnicamente evoluídos e dotados dos mais modernos sistemas de apoio à exploração ferroviária. Integram todas as funções relevantes para garantir a disponibilidade e fiabilidade da infraestrutura e a eficaz gestão da circulação ferroviária.”

“NOVA GANDRA”, na Estação de Ermesinde

Em parceria com o Município de Valongo e com a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, organizou-se um Festival de Arte urbana, assim como a realização de dois workshops, um de “NARRATIVA FOTOGRÁFICA” e outro de “CINEMA DE ANIMAÇÃO”, que podem visitar na Estação Ferroviária de Ermesinde. Foi ainda, lançado um Concurso de Fotografia, que deu origem à Exposição "OLHARES SOBRE A FERROVIA", que esteve patente nos dias do evento. No segundo dia da iniciativa foram anunciados os vencedores dos concursos.

Vice-Presidente da C.M. de Valongo, Ana Maria Rodrigues, em representação da IP, Eduardo Pena, Em representação da CP, André Pires, o Presidente da Junta de Ermesinde, João Morgado e uma das vencedoras do Concurso de Arte Urbana, Emília Madureira.


O programa geral incluiu também animação itinerante e dinâmicas culturais variadas com espetáculos, gastronomia, exposições e tertúlias. Destacou-se igualmente a Mostra de Turismo e Cultura de Municípios das linhas do Douro, Minho e Leixões. Nesta edição, os grandes concertos ficaram a cargo da banda musical Clã, João Só convida Nena e Carolina de Deus e Moullinex. 
 
A EntreLinhas – Festa do Ferroviário, tem como objetivo continuar a ser uma presença anual que corresponda à dimensão material da ferrovia, mas sobretudo à dimensão humana e imaterial da ferrovia, que reúna na cidade de Ermesinde todos os Stakeholders e público interessado pela ferrovia.
 
Todas as fotografias foram gentilmente cedidas pela Câmara Municipal de Valongo.


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