IP defende a aposta na ferrovia como meio de transporte sustentável para a mobilidade no Séc. XXI

Ambiente e Sustentabilidade
Ferrovia
  • RAIL LIVE 2023: Foto 2 da IP E PFP
  • RAIL LIVE 2023: Foto 4 da IP E PFP

Miguel Cruz, Presidente da IP, destacou as inequívocas vantagens ambientais do transporte ferroviário, nomeadamente em termos de emissões de GEE

No âmbito da participação da IP no certame internacional “Rail Live 2023”, que decorre entre os dias 29 de novembro e 1 de dezembro, em Madrid, Miguel Cruz, Presidente da IP, fez uma intervenção esta manhã no painel “Future Infrastructure Panel Discussion”.

Este painel pretendia abordar a forma como os ativos atuais e futuros da infraestrutura ferroviária são construídos, explorados e mantidos de forma eficaz, continuando a assegurar que o caminho de ferro mantenha a sua vantagem de meio de transporte mais sustentável e "verde".

O painel foi moderado por Simon Fletcher, Embaixador para a Europa do Global Centre of Rail Excellence, e contou com a participação de outros altos responsáveis do setor:

  • Volker Hentschel, da DB Netz AG (gestor de infraestruturas ferroviárias da Alemanha);
  • Emillien Dang, da Rail Baltica (alta velocidade ferroviária nos Estados Bálticos);
  • Hakon Iversen, da Banedanmark (gestor de infraestruturas ferroviárias da Dinamarca);
  • Alain Quinet, da SNCF Réseau (gestor de infraestruturas ferroviárias de França);
  • Matej Zakonjsek, da Transport Community (organização para a integração dos Balcãs Ocidentais na Rede Europeia de Transportes).

Os participantes debruçaram-se sobre os grandes desafios futuros que se colocam ao setor dos transportes em geral, e ao caminho de ferro em particular.

A discussão alicerçou-se em 3 pontos fundamentais:

  • O que será necessário fazer para dar resposta às mudanças nos padrões de viagem dos passageiros que ocorreram e de que forma devem ser adaptadas as atuais infraestruturas, nomeadamente após o contexto pandémico COVID 19?
  • Como é que as tecnologias inovadoras podem ser utilizadas para melhorar o controlo e a manutenção das infraestruturas?
  • O que se está a fazer no sentido de repensar os materiais a utilizar no setor ferroviário para minimizar os custos e o respetivo impacte ambiental?

Miguel Cruz destacou as inequívocas vantagens ambientais do transporte ferroviário, nomeadamente em termos de emissões de GEE, e a importância de se promover um incremento da penetração de energias renováveis no mix energético consumido, de se promover a transferência modal para a ferrovia de forma a assegurar uma mobilidade mais sustentável de passageiros e de mercadorias, e de também ser fundamental adotar uma abordagem de ciclo de vida dos ativos ferroviários, o que implica considerar a sustentabilidade ambiental da infraestrutura, desde a sua conceção, construção, manutenção e operação.

Nessa medida, salientou os investimentos que a IP tem vindo a fazer na modernização e expansão da sua rede, dando particular enfase à expectável revolução e oportunidade que o atual projeto da linha de alta velocidade Porto – Lisboa (~300km), parte integrante da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T), constituirá para a sustentabilidade da mobilidade em Portugal.

Referiu também o forte empenho da IP na inovação e na transição energética, no sentido de incrementar o consumo exclusivo de energia renovável, e os esforços da empresa em termos da adoção de uma abordagem de ciclo de vida e muito abrangente a toda a sua infraestrutura e respetivos ativos e, a aposta na economia circular, dando um claro contributo para a promoção do transporte ferroviário ainda mais sustentável na Europa.